segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Biografia de Philip Crosby

Philip Crosby nasceu em 18 de junho 1926 nos Estados Unidos, em Wheeling, West Virginia. Iniciou sua carreira profissional na área de qualidade em 1952 após ter servido na 2ª Guerra Mundial e também na Guerra da Coréia e ter estudado medicina entre as duas guerras. Trabalhou como engenheiro na Crosley Corporation e, em 1957, passou a gestor da qualidade da Martin-Marietta. Foi nesta última que desenvolveu o famoso conceito de "zero defeitos". Em 1965 foi eleito vice-presidente da ITT, onde trabalhou durante 14 anos. Em 1979 fundou a Philip Crosby Associates e lançou a sua famosa obra Quality is Free, um verdadeiro clássico da qualidade que vendeu mais de 2,5 milhões de cópias e foi traduzido para 15 línguas. Em 1991 criou a empresa de formação Career IV, Inc. Em 1996 lançou um novo livro intitulado Quality Is Still Free.


O seu nome ficará para sempre a associado aos conceitos de “zero defeitos” e de “fazer bem à primeira vez”. Na sua opinião, a qualidade significa conformidade com as especificações, que variam consoante as empresas de acordo com as necessidades dos clientes. O objetivo deverá ser sempre ter zero defeitos e não apenas produzir suficientemente bem. Segundo Crosby, esta meta extremamente ambiciosa irá encorajar as pessoas a melhorarem continuamente. Defende também que zero defeitos não é apenas um slogan mas antes um verdadeiro standart de desempenho da gestão e justifica esta ideia com a interrogação: “Se os erros não são tolerados na gestão financeira por que não se faz o mesmo na área industrial?”. Crosby considera a prevenção como a principal causadora de qualidade, pelo que as técnicas não preventivas como a inspeção, o teste e o controle são pouco eficazes. Em alternativa, apresenta uma "vacina" preventiva que contém três ingredientes: determinação; formação; e liderança. Nos seus famosos 14 pontos para a melhoria da qualidade Crosby encara este esforço como um processo contínuo e não um programa pelo que a melhoria da qualidade deve ser perseguida de modo permanente.


Segundo Crosby, os verdadeiros responsáveis pela falta de qualidade são os gestores, e não os trabalhadores. As iniciativas para a qualidade deverão vir de cima para baixo e para isso é necessário o empenhamento da gestão de topo e a formação técnica dos empregados em instrumentos de melhoria da qualidade.


Philip Crosby faleceu em 18 de agosto de 2001, deixou um legado de conhecimentos e metodologias documentados em um enorme acervo de livros, manuais, vídeos, e outras obras que permitirão a perpetuação de suas idéias e métodos para as próximas gerações.

Construindo o Gráfico de Controle (np)

Em primeiro lugar, vamos construir uma tabela no excel, com os dados dos desvios do processo de fabricação da pré-mistura do bolo de chocolate, nosso  primeiro post.


Onde:
n : o tamanho da amostra
d : o número de pacotes com defeitos encontrados na amostragem
p : a proporção (%) dos pacotes defeituosos na amostragem
O cálculo de p é simples, basta dividir o número de pacotes com defeitos encontrados na amostragem pelo tamanho da amostra, istó é: d/n.
Precisamos para construir o gráfico, conhecer a média das proporções, o número médio, e os valores de LSC e LIC.
Vamos aplicar a fórmula:
Fig. 2


Temos que P = 0,040000


Muito bem, agora vamos calcular o número médio usando a expressão abaixo:




Efetuando os cálculo, temos que NP = 4,000

E agora vamos calcular o LSC usando a expressão abaixo:


Desenvolvendo a expressão, vamos encontrar o valor para LSC de 9,87878

Vamos, em seguida, calcular o valor de LIC, usando a expressão abaixo:

Desenvolvendo a expressão , iremos encontrar o valor de -1,87878


E agora? Bem, acontece que o CQ está avaliando na amostragem, o número de pacotes da pré-mistrura do bolo de cholcolate com defeitos, no caso o LIC e este número não pode ser NEGATIVO, sendo assim vamos assumir o valor de ZERO.

Temos todos os valores para a construção do gráfico np

1 - LIC = 0
2 - LSC = 9,8787
3 - NP = 4,00

Agora vamos construir o gráfico que terá 4 colunas:

a ) uma para o núero de pacotes com defeitos ou problemas;
b ) uma para o limite superior de controle LSC;
c ) uma para o limite inferior de controle LIC;
d ) uma para o NP, número médio.

Vamos construir uma tabela a partir da qual será construido o gráfico:

O gráfico concluído terá esta aparência!
















































































































































































































































































































































































sábado, 16 de janeiro de 2010

As Sete Ferramenas da Qualidade

1 - Diagrama de Pareto
Diagrama de Pareto, ou diagrama ABC,80-20,70-30, é um gráfico de barras que ordena as frequências das ocorrências, da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas, procurando levar a cabo o princípio de Pareto (poucos essenciais, muitos triviais), isto é, há muitos problemas sem importância diante de outros mais graves. Sua maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços sobre os mesmos.

2 - Diagrama de Causa e Efeito - Espinha de Peixe
O Diagrama de Ishikawa , também conhecido como "Diagrama de Causa e Efeito" ou "Espinha-de-peixe", é uma ferramenta gráfica utilizada pela Administração para o Gerenciamento e o Controle da Qualidade (CQ) em processos diversos de manipulação das fórmulas. Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa em 1943 e aperfeiçoado nos anos seguintes. Este diagrama também é conhecido como 6M pois, em sua estrutura, todos os tipos de problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes: MÉTODO – MATÉRIA PRIMA – MÃO DE OBRA – MÁQUINAS – MEDIÇÃO - MEIO AMBIENTE


3 - Histograma
Na estatística, um histograma é uma representação gráfica da distribuição de frequências de uma massa de medições, normalmente um gráfico de barras verticais.

4 - Folha de Verificação
As folhas de verificação são tabelas ou planilhas usadas para facilitar a coleta e análise de dados. O uso de folhas de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos. Além disso elas evitam comprometer a análise dos dados.

5 - Gráfico de Dispersão
Um gráfico de dispersão constitui a melhor maneira de visualizar a relação entre duas variáveis quantitativas. Coleta dados aos pares de duas variáveis (causa/efeito) para verificar a existência real da relação entre essas variáveis.


6 - Fluxograma
Fluxograma é um tipo de diagrama, e pode ser entendido como uma representação esquemática de um processo, muitas vezes feito através de gráficos que ilustram de forma descomplicada a transição de informações entre os elementos que o compõem. Podemos entendê-lo, na prática, como a documentação dos passos necessários para a execução de um processo qualquer. Muito utilizada em fábricas e industrias para a organização de produtos e processos.


7 - Gráfico de Controle
Carta de controle é um tipo de gráfico, comummente utilizado para o acompanhamento durante um processo, determina uma faixa chamada de tolerância limitada pela linha superior (limite superior de controle) e uma linha inferior (limite inferior de controle) e uma linha média do processo(limite central), que foram estatisticamente determinadas.

Processo de Fabricação Bolo de Chocolate

Vamos tentar usar nossa imaginação para entender um processo de fabricação de um produto, um alimento, por exemplo uma pré mistura para bolo, vamos ver um pouco mais adiante... uma pré mistura de bolo de chocolate.

Bem, sobre o produto em processo:
formulação do produto, ingredientes da fórmula, aprovação da fórmula (testes preliminares da formulação), emissão de ordem de fabricação, quantidade a ser produzida, data prevista de produção, turno, etc.
Requisitos do processo:
Energia, ordem de fabricação, equipamentos higienizados e sanitizados, materias-primas, pessoal operacional e embalagens disponíveis, etc.
Fórmula do produto:
Ingredientes: Farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, açúcar, gordura vegetal, fermento químico (bicarbonato de sódio, pirofosfato ácido de sódio e fosfato monocálcico), cacau alcalino, goma xantana. aroma idêntico ao natural de baunilha.
CONTÉM GLÚTEN

Imagine uma fábrica que no final de cada dia de trabalho inspeciona uma amostra de 100 pacote da pré-mistura do bolo de chocolate para obter o número de defeitos e conhecer o grau de qualidade da sua produção. Fica fácil perceber que esse requisito de qualidade varia ao longo do tempo. Para facilitar esse estudo devemos usar uma ferramenta que possibilite a visualização do número de pacotes de pré-mistura do bolo de chocolate que estão dentro dos padrões pré-determinados pelo Controle de Qualidade e aqueles que estão fora desses padrões: o gráfico de controle.
 
Linha Central: representa o valor médio do característico de qualidade exigido pela fábrica.
Linha Superior: representa o limite superior de controle (LSC). Linha Inferior: representa o limite inferior de controle (LIC).
Uma vez apresentado o gráfico, os pontos devem permanecer dentro do intervalo determinado por LSC e LIC. Cada ponto representa uma amostra.
 
Para melhor visualizar a evolução do requisito de qualidade ao longo do processo, vamos unir os pontos por retas. O processo está sob contrõle quando:
Todos os pontos do gráfico estão dentro dos limites de controle (LIC e LSC). A disposição dos pontos dentro dos limites é aleatória.
Existem gráficos de controle para atributos e para variáveis:
Atributos: estudam o comportamento de números e proporções.
Variáveis: referem-se a aspectos como peso, comprimento, densidade, concentração, etc. Vamos notar a diferença entre atributos e variáveis com o auxílio dos próximos exemplos que virão a seguir.
O gráfico para atributos mais usado é o gráfico np, que monitora a variação do número de ítens defeituosos em amostras de tamanho constante.
O gráfico de variável mais conhecido é o gráfico X-R, que monitora a variação da média e amplitude dos dados ao longo do tempo.

 

 

 

 

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